terça-feira, março 26

Espontaneidade

Nunca fui uma pessoa muito espontânea, nunca o consegui ser. A continuidade e as descontinuidades da vida conduziram e moldaram a pessoa que sou hoje, assim como, colocaram de lado tudo aquilo que não sou. A verdade é que penso demasiado. Por vezes penso tanto que chego ao cúmulo de pensar no simples facto de que estou a pensar. Quem me dera simplesmente fazer.  Fazer sem todo um processo prévio de enredos mirabolantes de novelas. Avançar devagar, por me apetecer abrandar... colocar um pé em frente ao outro e continuar.
Gostava de poder dar o primeiro passo e não ficar em silêncio.
Gostava de verbalizar todas as minhas dúvidas e ouvir as respostas.
Gostava de ser mais do que eu sou e sê-lo amplamente.
Gostava de libertar o meu eu, principalmente o eu que sou em silêncio.

 

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