quinta-feira, abril 4

Palavras de alma

Sou fascinada pela prosa e pela poesia. Quer uma, quer a outra, tem a capacidade de em simples palavras carregar desde os mais longínquos sonhos às irreverências do coração. 
Escrever, só por si já exige uma extrema destreza e a perfeita articulação oculo-manual, mas escrever com o coração é escrever com cada conjunto de tecidos que constituem o nosso corpo. Escrever, é imprimir no papel a felicidade ou a tristeza que sente até com o baço. Escrever ou ler é das únicas "coisas" que nos permite ser tudo aquilo que somos mesmo quando ninguém vê ou sabe.
Escrever ou ler um texto ou um poema é pôr alma em todas as palavras e ser corajoso o suficiente de apagá-las ou riscá-las e voltar a reescrevê-las; é sentir o cheiro a sal do mar e ser molhado pelas gotículas de água que saltam quando a onda se perde na areia em cada página virada; é voar bem alto e ir bem longe, sem nunca ter saído cadeira ou levantado a ponta do lápis da folha de papel.
As histórias são o enredo perfeito para podermos ser tudo aquilo que não nos atrevemos a ser ou a sonhar. É tudo um jogo mágico cuja magia reside em podermos ter a forma, a dimensão, a cor e a textura que quisermos, podemos ser a pedra ou a flor, a pequena larva ou a borboleta.
 

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