sexta-feira, setembro 2

Not for you, my love

Tu és a tua própria doença, meu amor.
O deserto longínquo é teu.
As noites gélidas abominam a tua razão,
As tempestades de areia enterram a tua plenitude,
As dunas douradas reluzem à demência dos teus olhos verdes, amor.
Tu afagas o teu cabelo enquanto brotas lágrimas de orvalho,
A chuva monocromática caí nas tuas mãos pálidas,
O teu toque forçado pelas palavras soltas e sem sentido.
O poema que guia os teus dedos,
O teu ódio, meu amor!
A tristeza gela o teu coração,
O Universo de cosmos solitários separados pelo vazio do mar cegam-te,
Desfazendo-te da culpa imersa na tua cabeça que te afoga na infelicidade.
Tu perdes-te a tua casa, amor.
Os teus passos triunfantes levaram-te a um beco sombrio,
A estação em que esperas pelo milagre que tanto desesperas,
A cura para o teu coração,
A tua própria doença, meu amor!
Tu não sabes para onde ir,
Tu não sabes quem ser, amor.
Tu sabes que é tão fácil sorrir, 
É tão fácil odiar,
Mas é preciso coragem para ser gentil e querido, mesmo sabendo que acabou.
O amor é natural e real, mas não para ti meu amor.
Não para ti, meu amor.



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