terça-feira, setembro 27

à deriva

Ela cai na sua cama vazia.
O grande buraco negro chama pelo seu nome,
As ondas do mar querem levá-la,
As chamas na lareira cativam-na,
Tudo a seduz para um abismo masoquista.


Lá fora a noite e
Um céu extasiado de nebulosas escuras,
A janela aberta que range com o vento e
A tristeza disposta na mesa como prato principal.


Ela não sabe para onde ir,
Sem rumo,
Sem direcção,
Acabou.
Ela sabe que acabou.


Ele foi-se. Ele foi-se para sempre.

Sem comentários: