terça-feira, agosto 3

o amor

Por vezes deixamos-nos levar pelo incontrolável sentimento,por pulsações convulsivas, confiamos que é real, que é perfeito. Sentimos que é infinito, indestrutível, puro. É tão bom, tão doce que nos esquecemos que a noite já penetrou pelos céus e absorveu a luz e magistiosiade do brilho do Sol. Escondeu-se o dia e nós nem sentimos a sua ida. Ficamos ofuscados pela incapacidade de ver a chegada de algo novo, misterioso e inseguro. Tudo isto desenrolado através de um simples toque ou palavra que nos levou para as mais infímas planícies verdejantes e pensamentos inatingiveis às mentes mais perspicazes.
Sobre o que provoca tal sequência do surreal, do sonho, muitos perguntam a sua origem, ao qual eu, apesar da escassa e insignificante sabedoria na sua arte, digo que é o amor. Não é amor só por ser belo e por ficar bem em todos os Contos de Fadas, mas sim pela sua pureza. O amor é banalmente confundido com a novidade da paixão dos amantes e pela amizade dos melhores amigos. O amor é impossível de se definir com as palavras dos humanos, por mais que eles inventem novos conceitos. O amor absorve todas as palavras possíveis para o descreverem. O amor absorve e ofusca a caridade, a amizade, a confiança, a lealdade,a paz e a guerra, a segurança e o medo, a alegria e a tristeza, o sorriso e lágrima, a paixão e a mágoa, dá-nos vida e deixa-nos com a morte. O amor é o único sentimento que nos faz sentir imortais ao ponto de sentirmos que somos invenciveis e realmente somos porque nos deixamos levar e enfrentamos os obstáculos até à procura da felicidade.

Sem comentários: