Era tudo mais fácil se os outros me fossem indiferentes e tudo aquilo que eu precisasse fosse apenas silêncio. Era tudo mais fácil se apenas eu fosse o bastante para mim própria e não tivesse de me mergulhar em mares de dilemas que não são meus. Mas não é possível. Sei-o agora, porque olho para os outros e vejo que me falta alguma coisa. Sinto a falta dessa coisa e quero-a. Quero-a porque quando se é humano tem-se esta necessidade que aperta forte no peito e que, a cada dia que passa, se torna mais precisa para acordar de manhã, ter a coragem de poisar os pés no chão e dar mais um passo para enfrentar tudo aquilo que está para lá de mim. Quero-a como se quer. Quero-a tanto quanto quero viver. Quero-a. Quero-o.
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