sexta-feira, fevereiro 15

Algo para acreditar

É difícil dizer adeus, especialmente, quando nem nós próprios acreditamos mesmo nisso. Se não acreditamos, se não sentimos com tudo o que temos, de que vale? De que vale inventar palavras que não significam nada? Porquê mentir? Para quê mentir para nós próprios? Os outros são importantes. Sim, são. Contudo, uma estrela também tem brilho próprio e as pessoas também. As estrelas são simples - são estrelas; as pessoas não, as pessoas são complicadas. As pessoas são cruéis. As pessoas são obcecadas em acessórios. As pessoas são fúteis, criticam, magoam - são mesquinhas. Mas eu adoro pessoas. As pessoas são peculiares, tal como outro milhão e meio de coisas, mas são pessoas. Eu gosto de pessoas. Gosto de pessoas como tu. Simplesmente, gosto. Não tenho nenhuma lista com qualidades de ti que eu goste, nunca perdi muito tempo em fazê-la. Não tenho nenhuma justificação ou teoria mirabulante e, se me perguntasses, ficarias sem resposta. Mas se insistisses muito, se não desistisses de querer saber, se não desistisses de me querer, mesmo que eu te respondesse quinhentas vezes com simples sorrisos, mesmo que tentasse desviar o assunto, mesmo assim eu continuava sem te responder por palavras. Eu mostrar-te-ia.
Mas a verdade é que tu nunca me perguntaste.
 
Eu sei o teu nome.
Sei os teus olhos e a forma como eles brilham mesmo com o mais ténue raio de luz.
Sei os teus lábios.
Sei a tua voz de cor.
Sei quando estás perto. Aliás, o meu coração sabe.


 

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