sábado, dezembro 1

Tu és...

Tu és um vulgar apregoado preso num palácio de silêncio, pescador paciente sentado no rio do existir, espetador enfastiado na primeira linha do imprevisto ao mesmo tempo que é uma explosão de consciência contida numa nuvem de retórica, um espectro de raios de sol revestido de dias de esperança,  um mar de obstáculos cujo coração vigia, um reflexo no espelho de doce ironia.
Tu és  uma miragem emoldurada, que adorna o corredor das paredes de lamentações e da qual resta a tentativa fatigada de uma verdade esmigalhada.


 

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