sábado, julho 9

Stars fall in love

Tu nunca me partiste o coração... Ele continua a bater como no dia anterior ao qual te vi pela primeira vez.
Os meus sonhos continuam na mesma dimensão de fantasia e do surreal que os possuía mesmo antes de me teres tocado.
O meu dia continua a ter céu azul onde o Sol brilha e não há nuvens no céu que ofusquem o mais pequeno fio de luminosidade. É engraçado que nunca me tiras-te isso, nunca me tiras-te o céu. Se calhar é por termos isso em comum. Nós admiramos os astros e as poeiras do Universo e talvez possa ter sido essa paixão que nos uniu. Tu e eu talvez estivesse escrito nas estrelas. Bem, essas estrelas deviam estar estragadas...
Como não roubaste ou partiste algo em mim, não te posso pedir nada de volta, mas há uma coisa que cá deixas-te... e escrevo-te para que, por uma última e derradeira vez, venhas cá buscá-la.
Volta para levares a leve saudade que ainda sinto. Leva-a contigo, leva-a numa garrafa bem fechada e atira-a ao mar. Não! Não a deites ao mar. O destino pode cair na tentação e mandar o mar trazê-la de novo para mim.
Guarda-a contigo, coloca-a num armário qualquer como adorno, devolvo-te para sempre o que perdes-te aqui. Talvez quando fores embora desta dimensão material a possas levar num bolso das tuas calças. Leva-a, abre e atira-a ao infinito. Deixa que as gotículas de saudade sejam envolvidas pelo nada, o nada do Universo, na esperança que um dia se tornem estrelas.

1 comentário:

dessa disse...

escreves tão bem, minha linda. Ah, e grande música :)