domingo, fevereiro 20

Dipped in illusions.


Toda a tua cobardia,
A tua ausência de palavras,
A tua vergonha,
A tua tristeza,
Os sorrisos esculpidos à força,
A direcção errada,
O sentido contrário,
O teu medo,
A tua culpa,
O teu nada,
O que resta em ti,
O que tu és.
O que tu já não és...
Tudo parece mentira!
Tudo sobre ti é falso.
Tudo em ti é ilusão.
És como a mais altiva das montanhas...
Muitos têm o sonho de a escalar,
De lhe alcançarem o topo,
Mas pela subida,
Ela apodera-se da mente,
Ela entranha-se no corpo,
Fazendo com que desistam,
Fazendo acreditar que não são capazes,
Leva a achar-se que ela é inalcansável,
Que é, realmente, alta.
No fundo, ela não é nada,
Não passa de um monte de terra,
Que ao menor tremor desaba...
Desabada na planície.
Desaba por completo.
Não sobra nada dela.
Até os pedaços de rocha se espartiçaram.
Nem a recordação sobra.
Quando o tempo passar,
Estarás tão mergulhado no que não és,
Que poderás nem te lembrar do que já foste.

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