Tenho saudades e sempre odiei ter saudades.
Sempre evitei tudo aquilo que as pudesse trazer por arremesso e isso custou-me
muita coisa. Nunca me senti à vontade de mostrar a alguém aquilo que realmente
sou e, por isso, a verdade é que ninguém – absolutamente ninguém – me conhece.
Para mim até é compreensível, porque até considero que seja por amor próprio.
Se eu nunca me der a conhecer por completo a alguém, essa
pessoa nunca me poderá magoar infinitamente e, assim, terei sempre uma hipótese
de me erguer, porque afinal de contas, ela não me roubou tudo. Talvez nem seja amor
próprio e eu não passo de uma grande medrosa. Talvez seja isso –
medo. Tenho medo de dar tanto de mim e que no final não receba nada em troca,
nem mesmo aquilo que eu dei.
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