quarta-feira, maio 18

Fools

Ele pediu-lhe  para o seguir, para que o acompanhasse no seu audaz jogo de sedução. Ela seguiu-o para aquela rua deserta, onde habitavam apenas o escuro da noite e o silêncio do avanço das horas na cidade.
Eles enterneceram e consumaram o desejo dos seus corpos envoltos  da vontade animalesca que se apoderou da alguma razão que repousava, agora, no fundo dos copos que beberam à minutos atrás no bar da avenida principal.
Ele não a via à já algum tempo. Na verdade, nem se lembrava de alguma vez a ter visto ou conhecido.
Ela via-o todos os dias.

Naquela rua foi deixada a marca virtual dos seus corpos e o leve aroma a prazer que se interperalam nos prédios altos e velhos. Mas não felicidade.
No dia seguinte, ele já não a conhecia outra vez e ela voltara à rotina de o ver passar a seu lado numa rua qualquer.
Tinha sido uma noite, só uma conjugação de minutos ou um par de horas. Tinha sido a única e a derradeira oportunidade dela, a vez em que ela o podia ter, a parte da história em que ela o podia tocar, a cena em que ela o podia beijar e o parágrafo em que foi escrito que ela o podia amar.

Sem comentários: