quarta-feira, dezembro 22

Tânia (continuação)

Talvez fosse correcto que eu começasse a falar dos momentos que passámos juntas... Poderia falar sobre todos os momentos em que nos rimos à gargalhada, das vezes em que jogamos às cartas e não precisávamos de combinar qualquer truque para sabermos o jogo que cada uma tinha (bastava trocarmos olhares), as vezes que, nas férias, fazíamos os questionários das revistas, quando pregávamos partidas com a Isabelle (como as que fizemos ao Bruno, Marco e Zé!), quando íamos da a nossa voltinha de bicicleta (o que me lembra o quanto te ris-te quando dei a maior queda da minha vida naquela descida de terra batida), de quando íamos para a piscina e fazíamos jogos que não lembram a ninguém, das vezes que nos pintávamos com as maquilhagens da tua mãe, (lembrei-me agora, ao escrever isto) da vez em que estávamos em minha casa com o meu irmão e o Toninho e começamos a atirar com águia uns aos outros, pegamos e enchemos bacias e canecas com água para atirar (valia tudo!), se me conseguisse lembrar de tudo, bem que escrevia muito mais do que isto!
Também poderia falar sobre os momentos maus, mas tal como eu, também és uma pessoa fechada e que os gosta de os guardar para si, por isso não vou falar deles, porque tu e eu sabemos e, como aí em cima sabes mais ainda, não vale a pena, não vale a pena mesmo estragar a ideia que me fica na cabeça, a ideia de ti, de ti como sempre, ou quase sempre (também tens o direito a estar triste, obviamente) a sorrir.





Sempre que começo a falar sobre ti, para ti, perco-me naquilo que estou a dizer e esqueço-me do que, inicialmente, era suposto dizer. Mas, penso que esta pequena nota, nem era necessária ser-te dita, logo a ti, que sabes que perco-me sempre no que digo, ou então me atrapalho por querer dizer tudo ao mesmo tempo e rápido!

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